Princípios ativos e características de defensivos agrícolas registrados para controle de pragas do cajueiro

Autores

  • Antonio Lindemberg Martins Mesquita Pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza
  • Maria do Socorro Cavalcante de Souza Mota Analista da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza
  • Gabryellen Araújo da Silva Graduando da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza
  • Erik Macedo Colares Oliveira Graduando da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza
  • João Victor de Souza Soares Graduando da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.58203/Licuri.22190

Palavras-chave:

Ciências Ambientais

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo relacionar os inseticidas registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para algumas pragas do cajueiro (Anacardium occidentale L) e, dessa forma, disponibilizar mais essa opção para o manejo integrado de pragas da cultura. O levantamento foi realizado por meio de consultas a publicações especializadas, como Instruções Normativas, Diário Oficial, Agrofit e bulas das empresas detentoras dos registros dos produtos. Atualmente, são 14 inseticidas, dois acaricidas e quatro fungicidas que também apresentam ação acaricida registrados pelo MAPA para o controle de pragas do cajueiro. Das 10 pragas com registro de defensivos, 9 delas ocorrem em condições de cultivo no campo, e uma (Tribolium castaneum) ocorre na etapa de pós-colheita; mas, especificamente, nas castanhas armazenadas. Os inseticidas, com seus diferentes princípios ativos, apresentam ação de contato, ingestão, sistêmica, repelência, inibição de alimentação, regulador de crescimento e fumigação. Dentre os produtos, o Delegate® (espinetoram), de origem biológica, é registrado para quatro pragas, sendo o inseticida com maior espectro de ação para as pragas listadas. Para algumas das pragas relacionadas, são sugeridas outras recomendações alternativas de manejo, além da possibilidade do controle químico. A indicação de utilização desses produtos, com a garantia de que foram analisados pelos órgãos oficiais de Governo, respalda a recomendação de uso pelos profissionais do setor agrícola, proporcionando a produção de alimentos seguros.

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Referências

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Publicado

08.03.2024

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