Resistência biológica e agentes deterioradores da madeira

Autores

  • Pedro Nicó de Medeiros Neto Doutor em Ciências Florestais, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, Brasil
  • Joyce de Almeida Pinto Universidade Federal do Espírito Santo
  • Flávia Maria Silva Brito Universidade Federal do Espírito Santo
  • Juarez Benigno Paes Universidade Federal do Espírito Santo
  • Glaucileide Ferreira Universidade Federal do Espírito Santo
  • Nédia Pereira Correia Mendes Correia Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.58203/Licuri.22716

Palavras-chave:

Ciências Ambientais

Resumo

O estímulo para produção deste capítulo de livro se fundamentou na relevância cada vez maior do conhecimento da resistência biológica da madeira frente a utilização correta deste material que possui alta demanda no mercado. Utilizou-se como metodologia uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir da busca por publicações científicas indexadas em bases de dados. Este artigo contempla um referencial teórico que versa sobre a resistência biológica relacionada com o grau de suscetibilidade da madeira principalmente, em relação ataque de agentes degradadores bióticos como fungos e insetos. Outro fator que o artigo aborda está relacionado com os fatores necessários para que a madeira seja biodeteriorada. A bioterioração pode ser conceituada como uma alteração indesejável, provocada pela atividade não controlada de agentes bióticos. Por fim o artigo traz conhecimentos sobre os agentes deterioradores, como cupins (madeira seca e solo), brocas (coleópteros) e formigas carpinteiras.  O estudo tem por objetivo revisar a literatura clássica que é a base para todos os estudos sobre resistência biológica, e em conjunto com a literatura atual abordam pontos relacionados ao tema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, N. A. et. al. Biodeterioração de produtos à base da madeira de cedro australiano (Toona ciliata M. Roem. var. australis). Cerne, v.18, n.1, p.17-26, 2012.

ALMEIDA, D. H. et al. Determinação da rigidez de Pinus elliottii em diferentes teores de umidade por meio de ensaios mecânicos não destrutivos. Scientia Forestalis, v. 44, n. 110, p. 303-309, 2016.

ARCHER, K.; LEBOW, L. Wood preservation. In: WALKER, J. C.F. (Ed). Primary wood processing: principles and practice. Berlim: Springer-Verlag, 2006. p. 297-338.

BJORDAL, C. G.; NILSSON, T. Water logged archaeological wood - a substrate for white rot fungi during drainage of wetlands. International Biodeterioration and Biodegradation, v. 50, n.1, p. 17-23, 2002.

BLANCHETTE, R. A.; BIGGS, A. R. Defense mechanisms of woody plants against fungi. Berlin: Springer-Verlag, 1992, 478p.

BOUSLIMI, B.; KOUBAA, A.; BERGERON, Y. Effects of biodegradation by brown-rot decay on selected wood properties in eastern white cedar (Thuja occidentalis L.). International Biodeterioration and Biodegradation, v. 87, p. 87-98, 2014.

BRAZOLIN, S. Biodeterioração e preservação da madeira. In: OLIVEIRA, J. T. S.; FIEDLER, N. C. NOGUEIRA, M. Tecnologias aplicadas ao setor madeireiro. Visconde do Rio Branco: Suprema Gráfica e Editora, 2007, p.343-365.

BRISCHKE, C. et al. Natural durability of timber exposed above ground - a survey. Drvna Industrija, v 64, n.2, p.113-129, 2013.

CLAUSEN, C. A. Biodeterioration of Wood. In: Wood handbook: wood as an engineering material.100 ed. Madison: USDA/FS/FPL, 2010, p.312-327, (General Technical Report FPL–GTR–190).

CONSTANTINO, R. The pest termites of South America: taxonomy, distribution and status. Journal of Applied Entomology, v.126, n.7, p.355-365, 2002.

CONSTANTINO, R. Chave ilustrada para a identificação dos gêneros de cupins (Insecta: Isoptera) que ocorrem no Brasil. Papéis Avulsos de Zoologia, v.40, n.25, p. 387-448, 1999.

CRUZ, H.; RODRIGUES, M. Humidade da madeira. Lisboa: LNEC, 1997. (Série Madeiras para Construção, Ficha 9).

DANIEL, G. Free radical reactions of wood-degrading fungi. In: GOODELL, B.; NICHOLAS, D. D.; SCHULTZ, P. (Ed.). Wood deterioration and preservation. Washington: American Chemical Society, 2003. p. 34-72.

EUROPEAN STANDARD. EN 844-4: round and sawn timber - terminology. Part 4: Terms relating to moisture content. Brussels: CEN, 1995.

EVANGELISTA, W.V.; SILVA, J. C.; VALLE, M.L.A.; XAVIER, B.A. Caracterização anatômica quantitativa da madeira de clones de Eucalyptus camaldulensis Dehnh. e Eucalyptus urophylla S.T. Blake. Scientia Forestalis, v.38, p.273-284, 2010.

GONÇALVES, F. G. et al. Durabilidade natural de espécies florestais madeireiras ao ataque de cupim de madeira seca. Revista Floresta e Ambiente, v.20, n.1, p. 110-116, 2013.

IBACH, R. E. Biological properties. In: ROWELL, R.M. (Org.). Wood chemistry and wood composites. Boca Raton: CRC Press, 2005, p. 107-127.

JEON, W.; LEE, S. H. Effects of tunnel structures of two termite species on territorial competition and territory size. Journal of Asia Pacific Entomology, v.17, n.3, p.199-205, 2014.

KLAASSEN, R. K. W. M. Speed of bacterial decay in waterlogged wood in soil and open water. International Biodeterioration and Biodegradation, v.86, p.129-135, 2014.

KLOCK, U.; ANDRADE, A. S. Química da madeira. 4. ed. Curitiba: UFPR, 2013. 85p (Manual Didático).

KOCH, G.; SCHMITT, U. Topochemical and electron microscopic analyses on the lignification of individual cell wall layers during wood formation and secondary changes. In: FROMM, J. (Ed.). Cellular aspects of wood formation. Berlin: Springer-Verlag, 2013, p. 41-70.

LEBOW, S. T. Wood preservation. In: Wood handbook: wood as an engineering material. 100 ed. Madison: USDA/FS/FPL, 2010, p.312-327 (General Technical Report FPL-GTR- 190).

LEPAGE, E. S. Preservativos e sistemas preservativos. In: LEPAGE, E. S. (Coord.) Manual de preservação de madeiras. São Paulo: IPT, 1986, v.1. p.41-330.

LI, Q.; LIN, J. G.; LIU, J. Decay resistance of wood treated with extracts of Cinnamomum camphora xylem. BioResources, v.8, n.3, p.4208-4217, 2013.

LU, J. et al. Stilbene impregnation retards brown-rot decay of scots pine sapwood. Holzforschung, v.70, n.3, p.261-266, 2016.

MACHADO, J. S.; CRUZ, H.; NUNES, L. Mitos e factos relacionados com o desempenho de elementos de madeira em edifícios. LNEC, 2003. Disponível em:https://www.academia.edu/1359437/Mitos_e_factos_relacionados_com_o_desempenho_de_elementos_de_madeira_em_edif%C3%ADcios?auto=download. Acesso em: 21 jan. 2017.

MANTANIS, G. et al. Evaluation of mold, decay and termite resistance of pine wood treated with zinc-and copper-based nanocompounds. International Biodeterioration and Biodegradation, v.90, p.140-144, 2014.

MANSOUR, M. M. A.; SALEM, M. Z. M. Evaluation of wood treated with some natural extracts and Paraloid B-72 against the fungus Trichoderma harzianum: wood elemental composition, in-vitro and application evidence. International Biodeterioration and Biodegradation, v.100, p.62-69, 2015.

MEYER, L.; BRISCHKE, C. Fungal decay at different moisture levels of selected European-grown wood species. International Biodeterioration and Biodegradation, v. 103, n.4, p.23-29, 2015.

MELO, R. R. et al. Durabilidade da madeira de três espécies florestais em ensaios de campo. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 2, p. 357-365, 2010.

MESQUITA, J. B.; LIMA, J. T.; TRUGILHO, P. F. Micobiota associada à madeira serrada de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden durante a secagem ao ar livre. Ciência Florestal, v.16, n.1, p.45-50, 2006.

MORRELL, J. J. Protection of wood and based materials. In: KUTZ, M. (Org.). Environmental degradation of materials. New York: Elsevier, 2012, p. 407-438.

MOORE, R. K. et al. The effect of polarity of extractives on the durability of wood. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON WOOD, FIBER, AND PULPING. 18, 2015, Vienna, Proceedings... Vienna: ISWFPC, 2015, 4p.

MOTTA, J. P. et al. Resistência natural da madeira de Tectona grandis em ensaio de laboratório. Ciência Rural, v.43, n.8, p.1393-1398, 2013.

NORMA PORTUGUESA/EUROPEAN NORME STANDARD. NP EN 335-1. Durabilidade da madeira e de produtos derivados. Definição das classes de risco de ataque biológico. Parte 1: generalidades. IPQ, 1994.

OKINO, E. Y. A. et al. Accelerated laboratory test of three Amazonian wood species called tauari, exposed to white- and brown-rot fungi and color. Ciência Florestal, v.25, n.3, p.581-593, 2015.

OLIVEIRA, J. T. S. et al. Influência dos extrativos na resistência ao apodrecimento de seis espécies de madeira. Revista Árvore, v.29, n.5, p.819-826, 2005.

OLIVEIRA, L. S. et al. Natural resistance of five woods to Phanerochaete chrysosporium degradation. International Biodeterioration and Biodegradation, v. 64, n.8, p.711-715, 2010.

OZYHAR, T. et al. Moisture-dependent elastic and strength anisotropy of European beech wood in tension. Journal of Materials Science, v. 47, n. 16, p. 6141-6150, 2012.

PALA, H. Constituição e mecanismos de degradação biológica de um material orgânico: a madeira. Construção Magazine, n.20, p.54-62, 2007.

PAES, J. B. et al. Resistência natural de nove madeiras do semiárido brasileiro a fungos xilófagos em simuladores de campo. Revista Árvore, v.33, n.3, p.511-520, 2009.

PANSHIN, A. J.; DE ZEEUW, C. Textbook of wood technology. 4. ed. New York: McGraw-Will, 1980, 722p.

POMETTI, C. L. et al. Durability of five native Argentine wood species of the genera Prosopis and Acacia decayed by rot fungi and its relationship with extractive content. Biodegradation, v.21, n.5, p.753-760, 2010.

RAGON, K. W.; NICHOLAS, D. D., SCHULTZ, T. P. Termite-resistant heartwood: the effect of the non-biocidel antioxidant properties of the extractives (Isoptera: Rhinotermitidae), Sociobiology, v.52, n.1, p.47-54, 2008.

RÅBERG, U. et al. Testing and evaluation of natural durability of wood in above ground conditions in Europe-an overview. Journal Wood Science, v.51, n.5, p.429-440, 2005.

RÄBERG, U.; TERZIEV, N.; GEOFFREY, D. Degradation of scots pine and beech wood exposed in four test fields used for testing of wood preservatives. International Biodeterioration and Biodegradation, v.79, p.20-27, 2013.

RAJINIPRIYA, M. et al. Importance of agricultural and industrial waste in the field of nanocellulose and recent industrial developments of wood based nanocellulose: A Review. ACS Sustainable Chemistry and Engineering, v.6, n.3, p.2807–2828, 2018.

REINPRECHT, L. Wood deterioration, protection and maintenance. United Kingdom: Wiley Blackwell, 2016, 366p.

READING, N. S.; WELCH, K. D.; AUST, S. D. Microview of wood under degradation by bacteria and fungi. In: GOODELL, B.; NICHOLAS, D. D.; RICHARDSON, B. A. Wood preservation. 2. ed. New York: E & FN Spon, 1993, p.23-32.

ROSSI, N., FELDHAAR, H. Carpenter Ants. In: Starr, C (Org.). Encyclopedia of Social Insects. Switzerland: Springer Nature: 2020, p. 1 – 6.

ROWELL, R. M. et al. Cell wall chemistry. In: ROWELL, R. M. (Org.). Wood chemistry and wood composites. Florida: CRC Press: 2005, p. 43 - 83.

SCHMIDT, O. Wood and tree fungi: biology, damage, protection, and use. Berlin: Springer, 2006. 344 p.

SCHULTZ, P. (Org.). Wood deterioration and preservation. Washington: American Chemical Society, 2003, p.17-31.

SHMULSKY, R.; P. JONES, P. D. Forest products and wood science: an introduction. 6th ed. Iowa: Wiley-Blackwell, 2011, p. 229 - 252.

SHANBHAG, R. R.; SUNDARARAJ, R. Imported wood decomposition by termites in different agro-eco zones of India. International Biodeterioration and Biodegradation, v.85, p.16-22, 2013.

SILVA, C. A. et al. Biodeterioration of Brazil wood Caesalpinia echinata Lam. (Leguminosae - Caesalpinioideae) by rot fungi and térmites. International Biodeterioration and Biodegradation, v. 60, n.4, p. 285-292, 2007.

SOUZA, G. O. et al. Deterioração e Preservação da Madeira. Mossoró: Edufersa, 2018, p. 67-84.

STIENEN, T.; SCHMIDT, O.; HUCKFELDT, T. Wood decay by indoor basidiomycetes at different moisture and temperature. Holzforschung, v.14, n.1, p.9-15, 2014.

SUNDARARAJ, R. et al. Natural durability of timbers under Indian environmental conditions-an overview. International Biodeterioration and Biodegradation, v.103, p.196-214, 2015.

SWIFT, M. J.; HEAL, D. W.; ANDERSON, J. M. Studies in ecology-decomposition in terrestrial and aquatic ecosystems. Oxford: Blackwell. p. 54-94, 1979.

TOMAZELI, A. J. et al. Durabilidade natural de quatro espécies florestais em campo de apodrecimento. Tecnológica, v.20, n.1, p.20-25, 2016.

UNGER, A.; SCHNIEWIND, A. P.; UNGER, W. Conservation of wood artifacts. Berlin: Springer-Verlag, 2001. 585 p.

VIVIAN, M. A. et al. Resistência biológica da madeira tratada de duas espécies de Eucalyptus em ensaio de campo. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 34, n. 80, p. 425-433, 2014.

ZABEL, R. A.; MORRELL, J. J. Wood microbiology: decay and its prevention. California: Academic Press, 1992, p. 3-44.

Downloads

Publicado

11.05.2024

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)