A história de vida de Carolina como ressignificação: literatura e etnicidade na Educação de Jovens e Adultos
DOI:
https://doi.org/10.58203/Licuri.83394Palavras-chave:
Docente; Ensino; EJA; Prática.Resumo
O presente artigo visa propor reflexões acerca da história de vida de Carolina Maria de Jesus como modelo de ressignificação para estudantes da modalidade de Ensino de Jovens e Adultos – EJA, o ensino de literatura brasileira e a relação de etnicidade em contexto escolar. Desde logo, busca-se sob os pensamentos de autores como JESUS, GARCÍA CANCLINI, CHARTIER, BOURDIEU, NÓVOA dentre outros, romper com os muros do preconceito e estereótipos enfrentados corriqueiramente pelos estudantes na EJA frente ao modelo de ensino de literatura brasileira que valoriza e fundamenta narrativas de vida engessadas no eurocentrismo em detrimento da etnicidade, diversidade que povoa nossas salas de aula. A história de vida de Carolina Maria de Jesus, “uma das primeiras escritoras negras do Brasil”, contribui para associação inevitável do sentido duplo entre o ato de ensinar literatura e o ato emancipador de estudantes na EJA, mostrando as ricas possibilidades que o método (auto)biográfico e a prática docente constrói de maneira significativa na escola. Já o principal objetivo é enxergar a representatividade da mulher negra através do banzo e a ancoragem das narrativas discursivas imbricadas nas práticas de escrita literária e histórica no ensino de EJA.
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