O amor dependente pelo vazio existencial: uma patologia que precisa de regulação emocional

Autores

  • Suzy Pereira de Souza Psicóloga, Pedagoga. Especialização em Educação Arte e Cultura
  • Andréa Kochhann Pedagoga, mestre e doutora em Educação. Coordenadora do GEFOPI -Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade

DOI:

https://doi.org/10.58203/Licuri.22566

Palavras-chave:

Saúde

Resumo

O presente capítulo tem como objetivo despertar as reflexões em relação a codependência afetiva como algo proibitório a formação de relacionamentos amorosos saudáveis. Quando o vínculo que é mal formado com a figura primordial do apego nos anos iniciais traz comportamentos disfuncionais, transtornos nas relações da vida adulta, é bem provável que o sujeito que tem apego inseguro buscasse no outro o preenchimento da falta de amor e afeto. Dessarte, é resultado de um estudo realizado por meio de pesquisa bibliográfica, que possibilitou fazer o levantamento de obras acerca da teoria, pelas contribuições dos autores como Beattie (2010), Riso (2010), Carvalho e Negreiro (2011), Dias (2010), Faur (2012), Beck, Davis e Freeman (2017), Rodrigues e Gondim (2014), dentre outros autores. O amor dependente pode ser motivado por preenchimento de um vazio existencial, no intuito de que o parceiro vá suprir a falta, sendo um suporte para seus sentimentos de angústia. O risco é próprio de todas as relações, e o amor, pode trazer inúmeras transformações comportamentais e sensoriais, possibilitando viver novos conflitos, mesmo sendo de forma inconsciente.

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Publicado

08.03.2024