Epilepsia: uma neurodiversidade? Um enfoque pedagógico sobre o diagnóstico de epilepsia
DOI:
https://doi.org/10.58203/Licuri.83084Palavras-chave:
Escola Inclusiva, avaliação pedagógica, personalidade epiléticaResumo
Este estudo aborda reflexões acerca da epilepsia e sua relação com a educação. Convulsões epiléticas são assustadoras e geralmente carregadas de fortes preconceitos em especial devido à salivação que as acompanham. A literatura sobre o assunto é predominantemente médica e a epilepsia é apresentada como uma patologia, espécie de descarga elétrica acima do suportado pelos neurônios, que pode danificá-los e provocar danos ao Sistema Nervoso Central. Neurodiversidade é um termo cunhado pela socióloga australiana Judy Singer (1998), num movimento visando colocar as deficiências dentro de um modelo social, em oposição ao modelo médico vigente à época. Enquanto o modelo médico focava a deficiência como uma característica do indivíduo, algo que lhe faltaria e que teria que ser reposto para que pudesse participar em condições de igualdade com as demais pessoas, o modelo social advogava que a deficiência não é do sujeito, mas das condições sociais em que estava inserido. Nesta compreensão buscamos por meio da revisão bibliográfica, o aporte teórico, composto por estudiosos da área que dialogam entre si. Para o modelo médico, a pessoa com deficiência deveria ser “consertada”; para o modelo social, o ambiente é que deveria ser adequado com remoção de barreiras físicas e atitudinais, para que a pessoa com deficiência pudesse participar ativamente como cidadão perfeitamente inserido na sociedade. Assim, este trabalho pretende demonstrar que é possível, com a difusão do conhecimento sobre a personalidade epilética, classificar a epilepsia dentro do arco das neurodiversidades e, desse modo, reivindicar também para ela os direitos do modelo social.
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Referências
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