Complexidade da farmacoterapia em pacientes pediátricos transplantados hepáticos

Autores

  • Samantha Zamberlan Leyraud Especialista em Farmacologia e Toxicologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
  • douglas Nuernberg deD Matos

DOI:

https://doi.org/10.58203/Licuri.21402

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a complexidade da farmacoterapia de pacientes transplantados hepáticos pediátricos. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo de avaliação do índice de complexidade do tratamento medicamentoso por meio da análise das orientações farmacêuticas de alta hospitalar realizadas de janeiro a dezembro de 2022 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Utilizou-se o Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) para avaliar forma farmacêutica, posologia e informações adicionais relacionadas ao preparo e administração dos medicamentos prescritos na alta. Considerou-se ICFT>13,5 como alta complexidade. Resultados e Discussão: Foram incluídos 21 pacientes com orientações farmacêuticas de alta hospitalar, sendo 10 pacientes do sexo feminino e 11 do sexo masculino. A média de medicamentos encontrada foi de aproximadamente 8 medicamentos (mínimo 6, máximo 12). Em relação aos imunossupressores, 7 pacientes tiveram alta com tacrolimo + micofenolato mofetil, 13 apenas com tacrolimo e 1 apenas com micofenolato mofetil. O ICFT variou de 16 a 38 (média 22,23).  Considerações finais: Pacientes pediátricos transplantados hepáticos têm uma farmacoterapia complexa. Aqueles com maior número de medicamentos e com mais formas farmacêuticas que necessitam de preparo a partir do comprimido ou cápsula são os de maior complexidade e demandam maior necessidade de acompanhamento pelas dificuldades enfrentadas na adesão ao tratamento.

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Referências

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Publicado

18.12.2023