Subjetivação na matriz teórico-metodológica da docência inclusiva

Autores

  • Simoni Timm Hermes Universidade Federal de Santa Maria
  • Márcia Lise Lunardi-Lazzarin Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.58203/Licuri.20654

Palavras-chave:

Educação Especial., Inclusão escolar., Subjetividade capitalística.

Resumo

Considerando a perspectiva filosófica de Michel Foucault e as contribuições dos Estudos Foucaultianos em Educação, este artigo argumenta a noção de subjetivação como ferramenta analítica central na produção de uma Tese em Educação Especial. Tal Tese versa sobre a emergência da docência inclusiva diante da articulação da Educação Especial com a Educação Inclusiva na escola contemporânea. Nesse sentido, a noção de subjetivação, da caixa de ferramentas de Foucault, recebe outras contribuições na aproximação desta com as noções tangenciais de governamentalidade, noopolítica, sujeição social e servidão maquínica, estas últimas referenciadas em Mauricio Lazzarato, na prática de pesquisa em questão. A partir da argumentação teórico-metodológica empreendida, o conceito-ferramenta subjetivação possibilita desenvolver um exercício de problematização na história do presente em torno das condições de proveniência e emergência da docência inclusiva.

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Biografia do Autor

Márcia Lise Lunardi-Lazzarin, Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Educação. Professora Associada do Departamento de Educação Especial e credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de pesquisa “Educação Especial”, no Centro de Educação, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul. Vice-Lider do Grupo Diferença, Educação e Cultura -DEC/CNPq/UFSM e Membro do Grupo Interinstitucuonal de Pesqusia em Educação de Surdos – GIPES/CNPq/Universidade Federal do Rio Grande do Sul. lunazza@gmail.com.

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Publicado

07.08.2023

Edição

Seção

Capítulos do Livro