Epidemiologia, alterações metabólicas e recomendações nutricionais na Doença Renal Crônica (DRC)
DOI:
https://doi.org/10.58203/Licuri.202735Palavras-chave:
Nutrição, Inquérito epidemiológico, Diálise renal, Insuficiência renalResumo
A Doença Renal Crônica (DRC) caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função renal, sendo considerado um grave problema de saúde pública. Objetiva-se, neste estudo, refletir sobre as condições epidemiológicas, alterações metabólicas e as novas recomendações nutricionais que regem a terapêutica da doença renal crônica. Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas seguintes bases de dados: SciELO, Lilacs e Portal BVS, com estes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Doença Renal”, “Alterações Metabólicas”, “Epidemiologia” e “Nutrição”, mediante os cruzamentos pelo operador booleano “AND”. A partir dos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, foram selecionados, para compor a amostra da pesquisa, 10 artigos. Os dados epidemiológicos apontam maior incidência para região sudeste do Brasil, além do gênero masculino e idade avançada. Existem inúmeras alterações metabólicas identificadas na fase avançada da doença, dentre as quais, citam-se: a uremia – a principal delas, distúrbios hidroeletrolíticos (hiperpotassemia, hiponatremia), acidose metabólica, resistência insulínica e hipovolêmica/hipervolêmica. As novas recomendações nutricionais, baseadas nos estágios da DRC, recomendam tratamento conservador e dialítico, com/sem diabetes, permitindo uma terapia nutricional adequada para cada fase. Portanto, faz-se necessário que essa temática seja amplamente trabalhada em diversos âmbitos, tanto na formação inicial, cursos de graduação e técnicos, quanto na educação permanente dos profissionais de saúde, de modo que a mortalidade e incidência diminuam, a partir da articulação do ensino-serviço-gestão.
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