Avaliação socioambiental dos catadores de material reciclável de um lixão na Amazônia Oriental

Autores

  • Leidiane Gonçalves Tavares Bióloga pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço
  • Lucas Rodrigues de Souza Biólogo pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço
  • Ana Carolina de Souza Sales Bióloga pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço
  • Francisco Patrik Nascimento de Souza Biólogo pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço
  • Lucimar Silva Carvalho Biólogo pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço
  • Vanessa de Fátima Carneiro de Araújo Bióloga pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço
  • Thaisa Pegoraro Comassetto b Doutora em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Capitão Poço

DOI:

https://doi.org/10.58203/Licuri.83535

Palavras-chave:

diagnóstico, catação, cooperativa, resíduos sólidos urbanos, PNRS

Resumo

Um diagnóstico socioambiental foi realizado junto a catadores de materiais recicláveis que trabalham em uma área de disposição de resíduos sólidos à céu aberto, no município de Capitão Poço, nordeste do estado do Pará, na região da Amazônia Oriental, Brasil. O objetivo foi identificar como o trabalho informal afeta o perfil social, econômico e sanitário dos entrevistados. Os catadores, na maioria, apresentaram baixa escolaridade, trabalham diariamente no lixão, coletando, principalmente, papel e plástico e dependem essencialmente da renda obtida com a catação. Além do trabalho informal proporcionar aos catadores uma renda abaixo da média brasileira, algumas condições inadequadas de trabalho foram identificadas, tais como: os catadores relataram ter sofrido acidente laboral, além de necessitarem retirar da massa de lixo alimento para consumo. Do total de entrevistados, 77% relatou dificuldades do trabalho que desempenham, tais como preconceito, condições de trabalho, precárias, risco de contaminação e falta de incentivo da prefeitura e a parcela de 84% disse ter interesse em trabalhar de forma organizada por meio de uma cooperativa. A organização em cooperativas elevaria a renda, a posição social, a autoestima, além de diminuir a condição de vulnerabilidade social e elevar o nível de qualificação profissional dos catadores. Ficou evidente que as condições de trabalho dos catadores do lixão de Capitão Poço são precárias e insalubres e que a meta de extinguir e recuperar o lixão e realizar a inclusão social e emancipação econômica dos catadores, por meio da implantação de cooperativas, estabelecida na Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), é uma realidade distante para o município pesquisado.

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Publicado

04.04.2023

Edição

Seção

Capítulos do Livro